sexta-feira, 11 de março de 2016

Coordenador pedagógico: o que fazer e o que não fazer Veja quais atribuições o coordenador pedagógico precisa encarar como prioridade e quais ele não deve Dagmar Serpa (gestaoescolar@fvc.org.br). Colaborou Iracy Paulina Compartilhe Envie por email Imprima O que fazer Garantir a realização semanal do horário de trabalho pedagógico coletivo 78% afirmam reunir-se periodicamente com todos os professores, porém só isso não basta. É preciso ter tempo para planejar e tornar mais produtivos esses momentos. Organizar encontros de docentes por área e por série Só 27% declaram reunir os professores por disciplina, para tratar de conteúdos específicos, e 31% por ano, para conversar sobre as turmas. Dar atendimento individual aos professores Apenas 19% discutem com cada docente da equipe e sugerem novas estratégias de ensino, após observar as práticas pedagógicas em sala de aula. Fornecer base teórica para nortear a reflexão sobre as práticas Não mais de 31% apontam o preparo dos docentes como um dos principais problemas da coordenação pedagógica. Conhecer o desempenho da escola em avaliações externas 47% dos entrevistados citaram um número que está fora da escala do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), embora a maioria afirme saber o resultado da escola. Mais do que ter o número, é essencial usá-lo para guiar o planejamento em equipe. O que não fazer Conferir se as classes estão organizadas e limpas antes das aulas 55% dos coordenadores realizam essa tarefa e 90% a avaliam como adequada à sua função, que pode ser delegada a um funcionário de serviços gerais. Fiscalizar a entrada e a saída de alunos 72% dos entrevistados têm essa atividade na rotina e 91% a consideram apropriada, mas o controle deve ser responsabilidade de um funcionário treinado para a função. Visitar empresas do entorno para fechar parcerias 54% gostariam de ter mais tempo para isso, mas o papel de relações-públicas é do diretor. Substituir professores que faltam 19% dos entrevistados fazem isso uma ou algumas vezes por semana. Sua função, porém, é ajudar a direção a montar, com os docentes, um banco de atividades e uma lista de substitutos para resolver esse tipo de emergência. Cuidar de questões administrativas, financeiras e burocracias em geral 22% acreditam que isso é seu papel, embora os especialistas garantam que a parceria com o diretor deve se restringir aos assuntos pedagógicos. Quer saber mais? CONTATOS Ana Maria Falcão de Aragão Laurinda Ramalho de Almeida Luzia Marino Orsolon Mozart Neves Ramos Participaram dos debates sobre os resultados da pesquisa Coordenador Pedagógico e a Formação dos Professores: Intenções, Tensões e Contradições os seguintes especialistas, mediados pela diretora executiva da Fundação Victor Civita (FVC), Angela Cristina Dannemann: Ana Maria Falcão de Aragão, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Cybele Amado, do Instituto Chapada; Ecleide Furlanetto, da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid); Eliane Bambini Gorgueira Bruno, da Universidade Mogi das Cruzes; José Cerchi Fusari, da Universidade de São Paulo (USP); Luiza Helena da Silva Christov, da Universidade Estadual Paulista (Unesp); Luzia Marino Orsolon, do Colégio Assunção; Maria Carolina Nogueira Dias, da Fundação Itaú Social; Mozart Neves Ramos, do Todos Pela Educação; Regina Scarpa, coordenadora pedagógica da FVC; Renata Cristina Oliveira Barrichelo Cunha, da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep); Sandra Unbehaum, da Fundação Carlos Chagas (FCC); e Silvana Tamassia, vencedora de 2007 do Prêmio Victor Civita Gestor Nota 10.

Coordenador pedagógico: o que fazer e o que não fazer

Veja quais atribuições o coordenador pedagógico precisa encarar como prioridade e quais ele não deve


O que fazer

Garantir a realização semanal do horário de trabalho pedagógico coletivo 78% afirmam reunir-se periodicamente com todos os professores, porém só isso não basta. É preciso ter tempo para planejar e tornar mais produtivos esses momentos.

Organizar encontros de docentes por área e por série Só 27% declaram reunir os professores por disciplina, para tratar de conteúdos específicos, e 31% por ano, para conversar sobre as turmas.

Dar atendimento individual aos professores Apenas 19% discutem com cada docente da equipe e sugerem novas estratégias de ensino, após observar as práticas pedagógicas em sala de aula.

Fornecer base teórica para nortear a reflexão sobre as práticas Não mais de 31% apontam o preparo dos docentes como um dos principais problemas da coordenação pedagógica.

Conhecer o desempenho da escola em avaliações externas 47% dos entrevistados citaram um número que está fora da escala do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), embora a maioria afirme saber o resultado da escola. Mais do que ter o número, é essencial usá-lo para guiar o planejamento em equipe.

O que não fazer
Conferir se as classes estão organizadas e limpas antes das aulas 55% dos coordenadores realizam essa tarefa e 90% a avaliam como adequada à sua função, que pode ser delegada a um funcionário de serviços gerais.

Fiscalizar a entrada e a saída de alunos 72% dos entrevistados têm essa atividade na rotina e 91% a consideram apropriada, mas o controle deve ser responsabilidade de um funcionário treinado para a função.

Visitar empresas do entorno para fechar parcerias54% gostariam de ter mais tempo para isso, mas o papel de relações-públicas é do diretor.

Substituir professores que faltam 19% dos entrevistados fazem isso uma ou algumas vezes por semana. Sua função, porém, é ajudar a direção a montar, com os docentes, um banco de atividades e uma lista de substitutos para resolver esse tipo de emergência.

Cuidar de questões administrativas, financeiras e burocracias em geral 22% acreditam que isso é seu papel, embora os especialistas garantam que a parceria com o diretor deve se restringir aos assuntos pedagógicos..